segunda-feira, 30 de novembro de 2009

... e segunda sem preguiça!...

Pois... Para alguns reza o ditado que "não há sábado sem sol, domingo sem missa e segunda sem preguiça". Mas para mim isso não vale! É que, por causa do horário das aulas neste semestre e ao horror que tenho às bichas/filas para a travessar a 25A --- leia-se "ponte 25 de Abril" (a ponte Vasco da Gama é apenas a VG... --- de manhã cedo, prefiro levantar-me a desoras e... ala que se faz tarde!

Resultado: às segundas e terças salto da cama às 6h10m da matina e cerca das 7h30m já estou em Lisboa.
A estas horas é curioso verificar que o despertador, em casa daquela gentinha toda que quer atravessar a 25A para ir trabalhar, é certinho... Se se chega 10 minutos atrasado à fila isso significa chegar 20 ou 30 mins mais tarde a Lisboa...

Moral da história: às segundas, como só tenho aula às 10h da manhã, tenho tempo para matabichar e, se o estado do tempo o permitir, dar um saltinho aqui ou acoli para tirar mais umas fotos.

Hoje, por exemplo, lembrei-me de ir fotografar a casa do Largo da Trindade coberta com azulejos retratando os vários elementos: Terra, Fogo, Água, Metal e Madeira.


E o resultado foi este!



domingo, 29 de novembro de 2009

Festa do 34º aniversário da RDTL em Lisboa

Comemoraram-se ontem os 34 anos da procalamação, em 28 de Novembro de 1975 por Francisco Xavier do Amaral em nome da FRETILIN, da República Democrática de Timor-Leste. Numa sessão-convívio organizada pela Embaixada da RDTL em Lisboa reuniram-se cerca de 200 pessoas (timorenses, portugueses, timorenses portugueses e portugueses timorenses --- se não de jure pelo menos de coração) para comemorar o acontecimento.

"A festa estava boa, pá!"

Os embaixadores de Timor Leste em Portugal e na CPLP
ouvindo o hino nacional timorense




sábado, 28 de novembro de 2009

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Manhã na "à lota" de Setúbal...

Sexta de manhã. Preparo-me para sair de casa e ir andar no parque perto mas a necessidade de tratar de alguns assuntos urgentes relacionados com a importação das Vespas, acabam por me fazer atrasar. E depois desisti porque tinha de ir levar o meu filho à escola e, de seguida, ir às compras.
Bem dito, bem feito.
Aviado, voltei para casa para começar a trabalhar mas... ó céus!... Então não é que, através da internet, dou com um navio de carga grandalhão a fazer-se à barra de Setúbal?!... Pela dimensão calculei que fosse para os estaleiros da Lisnave e não resisti a ir fotografá-lo. Enfiei novamente o blusão, peguei na máquina fotográfica e... zás! Lá fui eu.

Maldição! Devido ao tempo que levei no trânsito o navio já tinha passado e encontrava-se a fundear perto de Tróia, demasiado longe para o fotografar.
Entretanto dou com outro fundeado perto de Setúbal e lá fui eu até à doca de pescadores --- por todos conhecida por "a à lota" --- para fotografar o "Víbora" .
O dia cinzentão e a posição do sol não permitiu melhor do que se vê aqui em baixo.

Entretanto reparei que havia vários pescadores a remendar as redes dos barcos de pesca e... click! Click! Click!



Acostada ao cais estava uma traineira que tinha acabado de descarregar peixe, a "Estrela da Galé", nome da praia a sul de Tróia. Logo de seguida foi-se colocar no seu local de atracação normal.

Estava atracada igualmente a que é a maior traineira de Setúbal, que estava descarregando peixe, encaixotando-o. "Bota bastante gelo nisso que o peixe vai prá Finlândia, Zé!..." E lá íam os homens da "companha" preparando tudo sob o olhar do mestre.
Na rede tinha vindo muita sardinha e cavala e pequenas quantidades de outros peixes que eram seleccionados e retirados da companhia dos demais. Estavam lá umas sarguetas a olhar para mim, com aqueles olhinhos vivinhos de quem esteve no mar até à pouco tempo mas... Paciência!
"Ó sarrdinha linda!..."

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Tchiiii! Já hoje é quinta feira!...

Pois é! Os dias passam a correr.
Terça foi dia de os alunos fazerem um exercício para avaliação numa das disciplinas que lecciono no ISEG e de, à noite e na turma de Mestrado (Economia da Ásia-Pacífico), falar da crise asiática de 1997-98 e algumas comparações com a que se vive actualmente.
E tudo para concluir que os homens não aprendem nada com os erros do passado... Quase as mesmas causas e quase as mesmas consequências, claro... O "perfume do dinheiro" é terrível!...

Quarta e quinta têm sido dedicadas, entre outras actividades --- nomeadamente escrever um texto sobre a economia de... Timor, pois claro! ---, tentar resolver uma "enrascada" (sorry!) em que me meti com a alfgândega portuguesa.

Vejamos se consigo sintetizar em poucas palavras.

Doido por Vespas --- sim aquelas que fazem brum-brum! --- o meu filho mais novo não me "largou o pé" enquanto não lhe comprei, em Bali, uma reprodução em tamanho natural da dita Vespa. E mais outra para um amigo.

Feita a compra --- uma bagatela... --- pôs-se a questão do seu transporte para Portugal. A solução mais óbvia e, pressupostamente "em conta", foi pedir ao fabricante que a despachasse para Portugal por navio (não há barcos! Só há navios e embarcações!...).
Consultado o despachante, paguei pelo frete o quádruplo do preço das peças! O que tinha sido barato já começava a sair caro!
Depois de cerca de dois meses de navegação --- que incluíu uma viagem de Singapura para Hamburgo, uma viagem de camião daqui para Roterdão e uma nova viagem de navio, agora para voltar para trás, para Lisboa ---, o caixote lá chegou são e salvo.
E aqui começou o martírio.

O pressuposto das alfândegas é o de que o que vem de navio é uma mercadoria e, como tal, se destina ao comércio. E vai daí toca a enfiar com taxas alfandegárias, com IVA e com mais não sei o quê. A que há que adicionar os custos do porto de Lisboa (uma roubalheira!) e "ofícios correlativos"... Mais os custos do despachante... Enfim: trazer o material de lá até casa vai custar umas 10-12 vezes o preço das peças! Toma! E tudo por causa de uma "bagagem não acompanhada" que veio de navio em vez de vir de avião...

Mas o drama não acaba aqui: é que descobriram que na descrição do material havia uma "unique carving", referência a umas portas de madeira, pequenas, compradas em Timor e oriundas de Oecussi. O que eu fui fazer!

Por causa das leis internacionais de protecção de animais e plantas ameaçadas de extinção, tenho de saber o nome da madeira utilizada. 'Tá-se mesmo a ver eu a conversar com o velhote que mas vendeu sentado na rua de Dili discutindo em baiqueno --- a língua de Oecussi --- o nome da madeira e seu correspondente em latim. E a pedir-lhe uma fatura. 'Tou feito! Lá tenho de me arranjar.
Com toda a probabilidade as portas foram feitas de madeira não-nobre e não protegida, mais provavelmente limoeiro, por ser uma madeira macia e fácil de trabalhar/gravar. Se fossem de pau preto podia dizer-lhes adeus!...
Se vejo as minhas ricas portinhas aqui em casa e as Vespas entregues aos seus legítimos proprietários ainda digo que é mentira...

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Ó céus! Ó vida! Que mais m'irá acontecer?!...

Então não é que hoje saí para ir dar aulas em Lisboa e quando estava estacionado a acabar de beber o "garoto" (7h30m) oiço o barulho de um acidente?!... E quem havia de ser a "vítima", quem?!... O meu pópó, claro!
Estava ela sossegadinho a arrefecer as ideias quando passou uma van de caixa fechada cuja porta traseira se lembrou de abrir sózinha quando sentiu o cheiro do pópó... E zás!
Um "beijinho" que fez uma mossa na parte de trás do meu carro e partiu o vidro do óculo! Resultado: andei até esta tarde com ventilação natural... O que vale é que "tavasse" bem...
Vá lá, vá lá que o condutor do carro se declarou logo culpado. Pudera!

domingo, 22 de novembro de 2009

Domingo em beleza... mas com trabalho!

7h40m da matina e estava na rua, passeando no parque junto a minha casa. A mandado da nutricionista... :). Mas lembrei-me de pegar na máquina fotográfica e lá fui eu. Tema que me surgiu ao chegar ao parque: o Outono. As folhas amareladas caídas e espalhadas pelo chão foram a fonte inspiradora...



Depois de 45min a andar em passo estugado --- com uma paragem aqui e acoli para tirar mais uma ou outra foto ---, dei por terminada a sessão de footing não sem antes tirar uma foto a um melro que por ali andava. Melro mesmo, e não "melro"...

Terminado o "trabalho de casa" , passei pelo Jumbo para fazer umas comprinhas para abstecer a casa e depois segui para a beira-mar, junto da lota dos pescadores, um dos meus pontos privilegiados de observação dos navios no porto de Setúbal. Saíu-me a sorte grande.

De facto, passado algum tempo e quando já me preparava para abandonar o local, apercebi-me que um rebocador se dirigia para um navio de transporte de carros (o "Grande Europa") que, entretanto, deitou fumo --- dando sinal que tinha posto as máquinas a trabalhar para se ir embora.



Entretanto, reparei que uns remadores do Clube de Canoagem de Setúbal estavam a sair da doca do Club Naval e, como de costume, se dirigiam para juzante, tendo de passar por mim. Muitas vezes passam pesmo por debaixo do pontão que há na Doca dos Pescadores, o local onde eu estava. E zás! Click! Click! Click! Mais umas fotos de "kayaks", por sinal bem apanhadas!



E chegaram as 10h30m. Eram horas de regressar a casa --- até porque tinha as compras no carro e tinha de ajudar na preparação do almoço.

De tarde fiquei no remanso do lar trabalhando num texto sobre Timor Leste que estou preparando com uma colega minha. E assim, ao som da música de Gal Costa e do Tim Maia "Um dia de domingo" lá fui fazendo o resto dos meus TPC.

sábado, 21 de novembro de 2009

E finalmente... Timor Leste!

Neste primeiro dia deste meu novo blog não posso deixar de deixar aqui uma referência especial a Timor Leste, país onde e para quem trabalho desde Março de 2000 quando, algo inesperadamente, me convidaram para dar aulas de políticas económicas de desenvolvimento a um grupo de cerca de 20 economistas timorenses que vieram a Portugal, ao INA-Instituto Nacinal de Administração, em Oeiras, para receberem uma reciclagem em várias áreas do conhecimento económico.

A equipa era liderada pelo (segundo creio) até então único doutorado timorense na área --- na verdade em gestão de empresas e não em economia ---, o Prof. Lucas da Costa. Dele faziam parte mais 2 ou 3 colegas com os quais vim depois a ter relações de trabalho em Timor Leste, sendo um deles actualmente o director executivo do Departamento do Fundo Petrolífero da Autoridade Bancária e de Pagamentos de Timor Leste, entidade onde trabalho "interruptamente" desde Setembro de 2001.
Desde então --- i.e., nos últimos 8 anos --- passei quase tanto tempo em Timor Leste que em Portugal.

Aqui ficam os votos para que o país seja feliz, principalmente as suas crianças. Que continues a rir assim miúda!

Navios, navios, navios...

Nascido, criado e vivido "au bord de mer" (Setúbal) e ex-oficial (miliciano; sub-tenente RN 124/73) da "Gloriosa" --- leia-se "Marinha de Guerra Potuguesa"... ---, não admira que tenha ficado com o "vício" dos navios.
Quando "casei" este vício com o da fotografia, o resultado não se podia fazer esperar: fotografias de navios. Quanto maiores, melhor...
Aqui está um exemplo disso: o "Grande Europa", navio especializado no transporte de viaturas automóveis, entrando hoje no porto de Setúbal.


A "doideira" de "shipspotter" é tal que chego a levantar-me da cama bem cedinho para ir fotografar os navios que entram na barra no meu posto de observgação preferido: a cerca de 5 kms da cidade, perto do forte-hospital do Outão, a caminho da praia da Figueirinha.

Este é um ponto privilegiado principalmente para os navios que se destinam aos estaleiros navais da Lisnave, agora funcionando nas antigas instalações da Setenave, na Mitrena, a nascente de Setúbal. Por ser um pouco elevado, pode-se ver todo o navio um pouco de cima para baixo, vendo parte do convés.

Os outros dois pontos privilegiados são junto da doca de pesca de Setúbal e um miradouro, não longe da saída de Setúbal para as praias e a Arrábida, conhecido por... "Pau da Consolação". Não se riam! Não fui eu que o "baptizei"...

Instrumento fundamental da actividade de "shipspotter": o acesso a um 'sítio' na net com informações, em tempo real --- ou melhor, com um desfasamento de 90 segundos ---, dos movimentos dos navios em várias zonas do mundo: o MarineTraffic.

Por vezes detecto a aproximação dos navios a Setúbal através deste 'sítio' e meto-me no carro e lá vou eu, na mecha, para tirar a foto desejada. Ganda maluco!

PS - se quiser ver algumas das minhas fotografias de navios em Setúbal, Lisboa, Maputo e Dili veja as "fotografias de navios" na barra aqui à direita ("Minhas páginas na web")

Transferência da administração de Macau faz 10 anos

Estamos práticamente a um mês de se comemorarem os primeiros dez anos de regresso de Macau à administração chinesa.
A propósito do acontecimento a agência noticiosa LUSA está a preparar documentação específica que inclui entrevistas a várias pessoas que, de uma forma ou de outra, estiveram envolvidas no processo de transmissão de poderes ou se interessam pela evolução da que é agora a Região Administrativa Especial de Macau (RAEM).
Foi por isso que me entrevistaram já que, no âmbito dos meus trabalhos de investigação, publiquei no meu centro de estudos (o CEsA/ISEG/UTL) um documento de trabalho sobre a economia dos últimos anos da administração portuguesa e os primeiros da administração chinesa.


Um dos temas da conversa foi, quase como não podia deixar de ser, a capacidade de Portugal --- das empresas portuguesas --- aproveitarem a (apesar de tudo) especial ligação do nosso país com aquela Região para servir de porta de entrada na China.
Confessei o meu pessimismo quanto ao assunto já que a História tem demonstrado essa incapacidade. E se foi assim no passado por alguma razão foi... E porque há-de ser diferente no futuro?
O problema (?) é que a quase totalidade das empresas portuguesas não tem dimensão, nomeadamente financeira, para se abalançar à conquista de algumas fatias daquele mercado.
Além disso, por isso, pela barreira linguística e pela própria barreira que constitui um sistema jurídico em que não é fácil trabalhar, a China será sempre uma opção quase do fundo da tabela para as nossas empresas, depois de Angola, do Brasil, de outros PALOP e países do Leste europeu.
E não há que lamentar a situação. Porque haveria de ser diferente?



"Yes, we can!..."

A propósito da viagem do Presidente Obama à Ásia lembrei-me que o seu conhecido tema da campanha eleitoral, o "Yes, we can!..." nasceu... na Ásia.
De facto, muitas pessoas esquecem-se que ele viveu algum tempo na Indonésia (dos 6 aos 10 anos). Ora, ali ao lado está a Malásia que, principalmente no tempo do antigo Primeiro-Ministro Mohatir Moahamad, deu um salto importante para a modernidade gritando a plenos pulmões "Malaysia boleh!...", que não é mais que o "A Malásia pode!..." ou "A Malásia consegue!...".
Daqui ao "Yes, we can!..." foi um passo,

Conversas entre mim e os meus botões: à laia de introdução

Uma introdução serve para nos introduzirmos... Nos apresentarmos, dizermos ao que vimos. Esta não é excepção.

Pois então é assim: bloguista inveterado (já criei e enterrei um e alimento mais dois neste momento), nenhum deles cumpria o objectivo deste: falar do que me apetecer! É isso que farei.

Falar de tudo um pouco, com pensamentos menos profundos umas vezes, mais profundos outras. Com cara séria umas vezes, com um sorriso outras. De política umas vezes, de economia outras. De futebol umas vezes, de matraquilhos outras. De viagens uma vezes, de fotografia outras.
Enfim e concluindo: vou falar do que me der na real gana!

E mais não disse.